CULTO DO DOMINGO 06/04/2025
Publicado em 04/04/2025
O Poder do Sangue de Jesus
A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados (Mateus 26:27-28).
Quando nós celebramos a mesa do Senhor, precisamos discernir o pão e o vinho. Quando comemos o pão, precisamos nos lembrar de que o corpo do Senhor nunca ficou doente. Quando comemos o pão, devemos nos lembrar de que há vida, cura e saúde no corpo de Cristo. Hoje, nós somos membros do corpo de Cristo; e, se o corpo de Cristo não tem maldições e nem enfermidades, nós também não precisamos sofrê-las. Infelizmente, muitos tomam a ceia, mas não liberam fé para receber poder do céu.
Eu quero falar um pouco mais hoje sobre o cálice. A Palavra de Deus diz que quase todas as coisas segundo a lei se purificam com sangue. E, sem derramamento de sangue, não há perdão dos pecados (Hebreus 9:22). Desde o Éden, o cordeiro teve de morrer para que o homem pudesse ser salvo. Apocalipse 13:8 diz que o Cordeiro foi morto desde a fundação do mundo. Quando aconteceu isso? Depois que Adão e Eva pecaram, eles perceberam que estavam nus e tentaram fazer para si roupas de folhas de figueira. Deus, então, matou o cordeiro e da sua pele fez roupas para Adão e Eva. Aquele cordeiro apontava para o Senhor Jesus. E, para que o homem se apresentasse diante de Deus, o sangue foi derramado no Éden.
Com isso, Deus estava ensinando ao homem que, sem derramamento de sangue, não pode haver perdão dos pecados. O Senhor Jesus disse que o sangue era o sangue da Nova Aliança derramado para o perdão dos pecados.
Se você vem para a Ceia com consciência de pecado, não está se cobrindo com o sangue. Se alguém pagou a sua dívida e, na presença Dele, você age como se a dívida não tivesse sido paga e ainda se sente em débito, você está insultando aquele que pagou a sua dívida. O momento da Ceia não é hora de consciência de pecado, mas de consciência de perdão.
A primeira menção do sangue. Depois que saíram do Éden, Adão e Eva tiveram dois filhos, Caim e Abel. Mas, por alguma razão, Caim se recusou a se apresentar diante de Deus da maneira como Ele havia preestabelecido, por meio do sangue. Hoje, há muitos que andam pelo caminho de Caim e procuram ser aceitos por Deus com base em suas boas obras que nunca podem alcançar o padrão exigido por Deus. Eles querem que Deus aceite suas obras, seus sentimentos, sua obediência e sua adoração, mas a resposta de Deus é esta: "Se você se chega diante de mim, faça do meu modo, e o meu modo é pelo sangue". Isso pode parecer estranho para você, mas o sangue é para lembrá-lo de quão sério é o pecado. Ele demanda o sangue de um inocente para ser purificado.
Quando nós aceitamos o modo de Deus, reconhecemos que somos pecadores e que precisamos da cobertura do sangue. Caim, porém, não fez isso, mas ele trouxe ao Senhor uma oferta de cereais, na qual não havia sangue. Abel, por sua vez, trouxe um cordeiro, que aponta para o Filho de Deus, que derramou o Seu sangue por nós.
Todos aqueles sacrifícios do Velho Testamento apenas cobriam o pecado, não era o pagamento final. É como o nosso cartão de crédito. Quando pagamos as contas com o cartão, não estamos realmente pagando ainda, o verdadeiro pagamento virá no dia em que a conta do cartão for debitada em sua conta bancária. No Velho Testamento, o cartão de crédito foi usado com sangue de animais, até que veio o Filho de Deus e pagou a conta definitivamente na cruz.
Deus aprovou a oferta de Abel, mas rejeitou a de Caim. Não sei como Caim percebeu que a oferta de Abel foi aceita, talvez tenha caído um fogo do céu e a consumido. Há muitos lugares nas Escrituras em que o fogo do juízo de Deus caiu sobre as pessoas, mas quando há sangue, o fogo cai sobre o sacrifício, e não sobre nós. O juízo veio sobre o Cordeiro na cruz para que hoje não soframos nenhuma condenação.
Caim ficou com inveja do seu irmão e se encheu de amargura. Ele certamente pensou: "Abel não é melhor do que eu. Eu ofereci do meu melhor para Deus. Por que ele foi aceito e eu não?" Por fim, ele matou o seu irmão. Disse o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão? Ele respondeu: Não sei; acaso, sou eu tutor de meu irmão? E disse Deus: Que fizeste? A voz do sangue de teu irmão clama da terra a mim (Gênesis 4:9-10). Embora não seja a primeira menção de derramamento de sangue na Bíblia, esta é a primeira vez que o sangue é mencionado. Todas as vezes que algo é mencionado pela primeira vez nas Escrituras, nós temos o seu sentido em linhas gerais no resto da Bíblia. Isso é chamado de princípio da primeira menção.
Na primeira menção do sangue, ficamos sabendo que ele tem uma voz. Ele fala diante de Deus. Embora seja algo físico, o sangue possui um componente espiritual. E a Jesus, o Mediador da nova aliança, e ao sangue da aspersão que fala coisas superiores ao que fala o próprio Abel (Hebreus 12:24). É interessante que, em Hebreus, o Senhor Jesus e o sangue são mencionados separadamente como se fossem dois elementos distintos. O sangue merece um lugar distinto. O sangue de Abel pede vingança e condenação, mas o sangue de Jesus fala de perdão e redenção dos pecados, fala de reconciliação e bênção, de vida e ressurreição, de cura e paz, libertação e salvação. A misericórdia é superior ao juízo.
O sangue é proteção. Uma vez que o sangue tenha sido aspergido sobre você, já não haverá lugar para a maldição e a doença em sua vida. O inimigo não poderá tocá-lo como não pode entrar na casa com o sangue colocado nos portais. Neste momento, a sua casa está protegida pelo sangue de Jesus. Muitas pessoas dizem que não podemos clamar o sangue de Jesus sobre coisas, mas Paulo nos ensina de forma diferente. E que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus (Colossenses 1:20).
Veja que Paulo disse que o sangue reconciliou todas as coisas, não apenas as pessoas. É claro que as pessoas foram reconciliadas, mas agora vemos que até mesmo as coisas foram compradas e reconciliadas. Frequentemente, tenho clamado o sangue sobre minha família e minha casa e tenho visto como o Senhor tem-nos protegido. O diabo não pode tocar em nada coberto pelo sangue. O sangue cobre e reconcilia todas as coisas com Deus.
É verdade que o sangue já foi derramado na cruz, mas nós precisamos aplicá-lo pela fé sobre nós e nossa família. Em Êxodo, o Senhor disse que, quando visse o sangue, Ele passaria por cima da casa e nela não haveria juízo. O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito (Êxodo 12:13).
O sangue deveria ser aplicado com hissopo. Em 1 Reis 4:33, está escrito que Salomão discorreu sobre todas as plantas, desde o cedro que está no Líbano até o hissopo que brota do muro, ou seja, desde a maior delas até a menor. O hissopo é a menor das plantas, por isso ela simboliza a nossa fé, sobre a qual Jesus disse que, mesmo sendo do tamanho de uma semente de mostarda, a menor das sementes, ainda assim tem poder de transportar montes. Você não precisa de uma grande fé para aplicar o sangue. Apenas abra a sua boca e confesse o poder do sangue e a sua fé será liberada. Cubra a sua casa, seus filhos, sua esposa, seus bens com o sangue de Jesus. O diabo não poderá tocá-los.
Quando o sangue foi derramado? Quando suou sangue. O primeiro lugar onde o Senhor derramou o Seu sangue foi no Getsêmani, quando, em profunda agonia, "o seu suor se tornou como gotas de sangue". E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra (Lucas 22:44). Não sabemos se o suor de Jesus se transformou em sangue ou se apenas ficou com a aparência de sangue. Mas, do ponto de vista dos discípulos que o acompanhavam, eram mesmo gotas de sangue.
No Jardim do Getsêmani, o Senhor orou: "Não a minha vontade, mas a tua". Aquele sangue, derramado no jardim, fala-nos de uma redenção particular, a redenção da rebelião, ou seja, o exercício de nossa vontade contra a vontade de Deus. A partir de Adão, o homem caído teima em fazer sua própria vontade em detrimento da vontade de Deus.
Quando o Senhor Jesus orou: "Não a minha vontade, mas a tua seja feita", Ele orou como sacerdote em nosso lugar, Ele estava representando todos nós diante de Deus. Ele derramou o Seu sangue para redimir nossas vontades, para que pudéssemos também dizer: "Não a minha vontade, mas a tua seja feita" (Lucas 22:42). Jesus se fez homem para nos reconciliar com Deus e, nessa condição, esvaziou-se de si mesmo, derramou por nós o seu próprio sangue e venceu completamente o espírito de rebelião. Portanto, o sangue de Jesus tem o poder de quebrar em nós toda cadeia de rebelião contra Deus.
Por isso, hoje, quando cear, diga: "Senhor Jesus, ao tomar este cálice, eu me coloco debaixo da ação do Seu sangue. Que através dele, minha vontade, obstinação e rebeldia sejam subjugadas. Eu submeto ao Senhor o meu desejo de seguir o meu próprio caminho em detrimento do caminho que trilhou por mim. Eu submeto ao Senhor a minha vontade de agir segundo o meu entendimento, e não segundo o padrão que o Senhor estabeleceu para mim".
Quando foi açoitado. Então, Pilatos lhes soltou Barrabás; e, após haver açoitado a Jesus, entregou-o para ser crucificado (Mateus 27:26). O Senhor Jesus foi açoitado pelos soldados romanos. Aqueles açoites eram feitos de tiras de couro cru, em cujas extremidades eram presas pequenas bolas de chumbo ou pedaços de osso. O corpo de Jesus ficou inteiramente lanhado e banhado em sangue. O profeta Isaías disse que, pelas suas pisaduras, fomos sarados. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados (Isaías 53:5).
Essas pisaduras (feridas) foram produzidas pelos açoites. Ali Ele estava levando sobre si mesmo nossas feridas e enfermidades. Ele derramou a Sua vida para que nós não andássemos mais doentes ou enfermos. O dia da Ceia do Senhor é um dia de cura. Você não precisa levar mais nenhuma enfermidade, porque Jesus já as carregou todas na cruz. Confesse isso agora mesmo.
Quando recebeu uma coroa de espinhos. Num ato de zombaria, os soldados romanos puseram uma coroa de espinhos na cabeça de Jesus (Mateus 27:29). O espinho é um símbolo da maldição de Deus sobre a terra. Em Gênesis 3:18, Deus disse a Adão: "Maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida. Ela produzirá também cardos e abrolhos". Depois, um soldado bateu-lhe com um caniço na cabeça, provocando-lhe dor e sangramento. Esse foi o sangue derramado que trouxe libertação da maldição do pecado.
Nos dias de Jesus, a forma comum como os judeus executavam os criminosos era pelo apedrejamento. Muitas vezes, os judeus quiseram apedrejá-lo, mas Ele deveria morrer na cruz. Se fosse apenas para perdoar os pecados, Ele poderia morrer de qualquer outra forma, mas, em vez disso, Ele foi crucificado.
Mil anos antes de existir a crucificação, Moisés disse que aquele que fosse pendurado no madeiro seria amaldiçoado (Deuteronômio 21:23). Os judeus nunca crucificavam, mas os romanos, que surgiram bem depois de Moisés, fizeram da crucificação a sua forma habitual de execução para se cumprir a Escritura. Isso significa que o Senhor não derramou Seu sangue apenas para nos perdoar dos pecados, mas também para nos livrar da maldição, fazendo-se Ele próprio maldição em nosso lugar. Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro) (Gálatas 3:13). Erga o cálice e declare: "Eu já fui liberto da maldição". Toda maldição que deveria vir sobre mim foi anulada quando Jesus derramou o seu sangue.
Quando foi crucificado. Na cruz, as mãos e os pés do Senhor Jesus foram traspassados por cravos (ou pregos) longos e pontiagudos (Mateus 25:37). E sabe por que os pés de Jesus tinham de ser cravados? Porque os pés simbolizam o nosso caminhar. E o nosso caminhar era pecaminoso diante de Deus. O nosso caminhar tinha de ser julgado e condenado diante de Deus. Mas não apenas isso, as mãos também simbolizam o que fazemos, as nossas obras. E, quando as mãos do Senhor foram cravadas na cruz, os nossos atos pecaminosos foram também cravados ali.
O sangue que jorrou das feridas abertas no corpo de Jesus tem o poder de perdoar os nossos pecados. Nós estamos cobertos por esse sangue, por isso não andamos mais debaixo de nenhuma condenação ou acusação do diabo. A Ceia é um memorial eterno de que não existe nenhum pecado, por maior e mais sujo que seja, que o sangue de Jesus não possa perdoar e purificar.
Certo dia, um pastor foi pregar numa penitenciária em sua cidade. Foi uma experiência impressionante! Ali, estava cumprindo pena uma mulher acusada de sacrificar crianças durante rituais de magia negra na cidade de Guapó. Essa mulher pegava a criança viva, serrava-a ao meio, arrancava-lhe o coração e o repartia entre os participantes do ritual. Era uma coisa horrível!
Naquele dia, o pastor a conheceu. Durante a ministração da Palavra, ela chorou o tempo todo, sem parar. Ela havia se convertido há poucos dias e estava consciente de que todos os seus pecados haviam sido perdoados e esquecidos, já não havia memória deles diante de Deus. Mas sabe por que ela chorava tanto? Porque, até aquele momento, não havia entendido ainda tão grande amor capaz de perdoar alguém que não era simplesmente uma pecadora, mas uma criminosa indigna e desprezível.
Em qualquer país do mundo, onde houvesse a pena de morte, aquela mulher teria recebido essa condenação. Entretanto, Jesus a perdoou. Jesus já foi condenado à morte no lugar dela. Agora, ela pode desfrutar do perdão de Deus. E, se existe perdão para ela, também existe para você, independente de sua culpa ou pecado. Por isso, se em sua alma há um sentimento de culpa, acusando-o, condenando-o e oprimindo-o por alguma coisa que você praticou, há boas novas para você: o seu pecado já foi lavado, purificado e perdoado. Nenhuma condenação mais pesa sobre a sua vida, porque os pés e as mãos de Jesus foram cravados na cruz do Calvário. Agora, você precisa apenas crer e receber o perdão. Todo homem na face da terra já foi perdoado, mesmo aqueles que ainda não sabem disso. Por isso, precisamos contar-lhes essa boa nova.
Através do sangue de Jesus, somos perdoados, purificados e libertos de nossos pecados. E da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. Aquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados (Apocalipse 1:5).
O momento da Ceia é a hora de celebrarmos a nossa libertação. Por isso, não tome a Ceia de forma religiosa; antes, erga o cálice, pois o sangue é a sua carta de alforria, e diga: "Eu era escravo, mas agora fui liberto. Não podia sair do lamaçal, mas o Senhor me tirou de lá; eu não podia ficar em pé, mas o sangue de Jesus me libertou".
Mas, se você, como um liberto de Cristo, anda ainda como escravo, tropeçando e caindo, é porque não creu na sua própria libertação. Preste atenção nisso: você é livre, as portas de sua prisão foram abertas. Há muito tempo, Jesus já quebrou as trancas da cela onde você era prisioneiro.
Se você pensa que essa cela ainda está fechada, eu tenho boas novas para você: a sua cela já foi aberta. Agora, você pode dizer "não” para o pecado, para o diabo e para a tentação. Você não é escravo do pecado. Agora, você pode ficar de pé diante do Senhor por causa do cálice.
Quando foi transpassado por uma lança. Diz o evangelho que um soldado romano abriu-lhe o lado com uma lança e jorrou sangue e água (João 19:34). Essa água que flui é vida. Jesus havia dito que, do interior daqueles que cressem Nele, fluiriam rios de água viva. E, do interior de Jesus, saiu água uma água viva. E, junto com a água, saiu sangue, para significar que o sangue também nos dá vida.
Mas o fato de o sangue ter saído através da ferida aberta pela lança do soldado romano é muito significativo. Em Apocalipse 12:11, está escrito que o sangue de Jesus é que nos dá a vitória contra o diabo. Esta é a razão por que o sangue de Jesus tinha de ser derramado através de uma ferida aberta por lança: esse sangue é também uma arma. Portanto, erga o cálice e diga ao diabo: "O sangue de Jesus me garante a vitória e, por meio dele, eu piso na cabeça da serpente".
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