CULTO DO DOMINGO 05/05/2024.
Publicado em 30/04/2024
Ο Evangelho nos diz que o próprio Senhor Jesus, quando viveu neste mundo, levantou cedo para orar. Se Ele precisou orar, imagine você e eu. Precisamos orar continuamente, porque vivemos em um mundo caído e estamos sujeitos aos ataques do inimigo.
A Palavra de Deus diz que mesmo o Senhor Jesus clamou com lágrimas. Mesmo sendo o Filho de Deus, Ele clamou ao Pai com lágrimas. Isso mostra o poder e a necessidade de buscarmos o Senhor de todo o nosso coração. Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da sua piedade [...] (Hebreus 5:7)
Podemos ver que a vida e o ministério do Senhor Jesus foram caracterizados por muita oração. Ele exerceu o seu ministério em oração porque sabia que somente pela oração seria fortalecido para enfrentar a guerra que estava diante Dele. E aconteceu que, ao ser todo o povo batizado, também o foi Jesus; e, estando ele a orar, o céu se abriu (Lucas 3:21). No momento em que foi batizado, o Senhor estava orando. Ele sabia que, logo em seguida, seria levado ao deserto, por isso orou. E, enquanto orava, os céus se abriram sobre Ele.
O Espírito Santo veio sobre o Senhor porque, enquanto andou neste mundo, Ele viveu como um homem cheio do Espírito. Tudo o que fazia era na dependência e no poder do Espírito, por isso Ele orava. Ele sabia do poder da oração. Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava (Marcos 1:35).
A vida de oração do Senhor era visível aos discípulos, mas não apenas isso, Ele orava de uma forma tal que os discípulos foram atraídos para desejarem orar da mesma forma. Por isso, eles pediram que o Senhor lhes ensinasse a orar. A oração era algo que os discípulos viam na vida de Jesus. De uma feita, estava Jesus orando em certo lugar; quando terminou, um dos seus discípulos lhe pediu: Senhor, ensina-nos a orar como também João ensinou aos seus discípulos. (Lucas 11:1).
Como todos nós, o Senhor sempre precisava tomar decisões, e o evangelho nos mostra que Ele sempre orava antes. Ele orou para ser livrado das mãos dos fariseus, mas também orou para escolher os doze. Todas as decisões do Senhor eram fruto de oração. Mas eles se encheram de furor e discutiam entre si quanto ao que fariam a Jesus. Naqueles dias, retirou-se para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. E, quando amanheceu, chamou a si os seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu também o nome de apóstolos (Lucas 6:11-13).
É interessante vermos que o Senhor orou para que os seus discípulos tivessem revelação a respeito Dele mesmo. Foi porque o Senhor Jesus estava em oração que Pedro foi capaz de ter a revelação de quem Ele era. O Senhor estava orando antes de perguntar aos discípulos quem Ele era. Estando ele orando à parte, achavam-se presentes os discípulos, a quem perguntou: Quem dizem as multidões que sou eu? (Lucas 9:18).
João 6.44 diz que ninguém pode vir ao Senhor se não for enviado pelo Pai. E o Senhor estava intercedendo pelos discípulos para que eles recebessem a revelação do Pai.
A respeito de Pedro, a Palavra de Deus diz que o Senhor orou para que a sua fé fosse preservada. Ele clamou para que o próprio Pedro fosse preservado. Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo! Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fè não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos. (Lucas 22:31-32).
O Senhor era movido pelo Espírito. Toda oração é gerada pelo Espírito Santo, portanto é virtualmente impossível alguém cheio do Espírito deixar de orar. O Espírito Santo é o espírito da oração. E, onde está o Espírito Santo, ali haverá oração. O seu príncipe procederá deles, do meio deles sairá o que há de reinar, fá-lo-ei aproximar, e ele se chegará a mim; pois quem de si mesmo ousaria aproximar-se de mim? diz o Senhor (Jeremias 30:21). Quando se trata de oração, é melhor ter um coração sem palavras do que palavras sem coração.
Vou compartilhar três coisas importantes a respeito da oração. Para avançarmos numa vida de oração, precisamos entender que, para orarmos, há um lugar certo, uma posição correta e uma condição apropriada.
O lugar certo. A primeira coisa importante é que precisamos de um lugar a sós com Deus para orarmos. O Senhor Jesus disse que devemos entrar em nosso quarto e fechar a porta. Moisés costumava montar uma tenda do lado de fora do acampamento; ele a chamava Tenda do Encontro. Quem quisesse consultar a Deus ia à tenda, fora do acampamento (Êxodo 33:7)
Quando digo que a oração precisa de um lugar certo, não estou falando de um local físico. É claro que podemos orar no meio de uma multidão, mas você precisa estar a sós com Deus para ter comunhão íntima com Ele. Podemos ter milhares ao nosso derredor e mesmo assim podemos estar a sós com Deus, mas isso não é prático, precisamos estar a sós porque assim se torna mais fácil voltarmos nossa atenção inteiramente para Ele. Muitas pessoas ao nosso redor nos distraem.
Essa é a razão pela qual o Senhor subia nos montes e ia a lugares desertos para orar. Esse é o motivo por que Moisés armava a sua tenda fora do arraial. Na verdade, o texto diz que era bem longe. É necessário silêncio e sossego para buscar a Deus.
A coluna da nuvem, que representa a presença de Deus, somente vinha sobre Moisés depois que ele estava dentro da tenda, fora do arraial. É muito importante você entender que precisa estar a sós com o Senhor.
A posição correta. A segunda coisa importante na oração é uma posição correta, e a posição correta para a nossa oração é debaixo do sangue do Cordeiro. Você precisa ir para a cruz para ser ouvido. Podemos ver esse princípio na vida de Moisés. Quando entrava Moisés na tenda da congregação para falar com o Senhor, então, ouvia a voz que lhe falava de cima do propiciatório, que está sobre a arca do Testemunho entre os dois querubins; assim lhe falava (Números 7:89).
Levítico 16:14-15 nos mostra que o lugar onde o sangue era aplicado era sobre o propiciatório entre os querubins. Esse era o lugar de onde o Senhor falava com Moisés. O Senhor podia falar porque o sangue havia feito a paz.
Hoje, precisamos ter consciência do perdão do sangue de Jesus se queremos ter comunhão e intimidade com o Pai. Simplesmente não temos uma posição para chegar diante de Deus sem o sangue de Jesus. Somos aproximados pelo sangue. Entramos na presença pelo sangue.
Sem uma consciência de perdão, não temos fé para orar. E, se nos achegarmos confiados em nossa justiça própria, Deus não nos ouvirá. Precisamos nos achegar confiados na justiça de Cristo.
O segredo para recebermos o milagre não é tentando merecê-lo mas é simplesmente reconhecendo e crendo que, por meio da cruz de Cristo, todos os tesouros do céu nos foram liberados.
A condição apropriada. Quando vamos orar, precisamos ter uma condição apropriada diante de Deus. Essa condição é um coração quebrantado. Deus sempre olha o nosso coração. Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus (Salmo 51:17).
A característica de um coração quebrantado é que ele é humilde diante de Deus. Um coração quebrantado é sempre um coração completamente sincero e verdadeiro diante do Senhor. Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade. Ele cumprirá o desejo dos que o temem; ouvirá o seu clamor e os salvará (Salmo 145:18)
Quando somos cheios do Espírito, facilmente oramos a partir do nosso coração, mas, quando o crente não é cheio, suas orações procedem simplesmente da sua mente. Só aquilo que procede do coração pode tocar o céu.
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