Ser como Cristo

01/06 A 7/06 2025
Publicado em 28/05/2025

Ser Como Cristo

Ser como Cristo é fruto da graça, não de um esforço humano. Nossa mente carnal, acostumada à lógica e à lei (que é o "ABC", Gálatas 4:1-4), tem dificuldade em compreender a graça. É por isso que precisamos "ouvir, ouvir e ouvir novamente" sobre ela, pois a graça é celestial, do próprio Deus, e desvia nossa lógica natural para a mente de Cristo (1 Coríntios 2:16).

Frequentemente, caímos na armadilha de julgar e condenar, como Tiago e João queriam fazer com os samaritanos (Lucas 9:51-56). Mas o Espírito de Cristo é o espírito da graça, do perdão e da salvação, não da destruição. Toda vez que nos pegamos julgando, devemos parar, pois saímos do espírito de Cristo.

A jornada de Paulo ilustra esse crescimento na graça. Sua percepção de si mesmo foi diminuindo – de "menor dos apóstolos" (1 Coríntios 15:9) para "menor de todos os santos" (Efésios 3:8) e, finalmente, "principal dos pecadores" (1 Timóteo 1:15). Essa descida não é desespero, mas a ampliação da compreensão da imensurável graça de Deus. Quanto mais ele via seus pecados, mais a graça se magnificava. O crescimento na graça nos leva a considerar os outros maiores que nós, assim como Jesus que veio para servir (João 13:8, Lucas 12:37).

A atitude de Paulo para com Alexandre, o latoeiro (2 Timóteo 4:14-16), demonstra o espírito de Cristo. Ele perdoou a ofensa pessoal ("Que isto não lhes seja posto em conta!"), mas não a resistência ao evangelho. Isso mostra que o espírito da graça nos capacita a perdoar nossos ofensores, como Jesus fez na cruz (Lucas 23:34) e Estêvão ao ser apedrejado (Atos 7:60), sem comprometer a defesa da verdade.

O ponto mais alto do Espírito de Cristo em Paulo é seu desejo de ser "anátema" para a salvação de seus compatriotas (Romanos 9:1-3). Ele, que foi perseguido, amava tanto a ponto de desejar sofrer se isso significasse a salvação deles, assim como Cristo se fez maldição por nós (Gálatas 3:13). Esse tipo de amor só é possível quando contemplamos a Cristo e nos identificamos com Ele, sendo transformados de glória em glória (2 Coríntios 3:18).

Que a graça de Deus nos conduza a uma vida que reflita cada vez mais o coração de Cristo.

Perguntas: 1) Como a ideia de que a graça "não é lógica, nem é razoável" desafia sua maneira de pensar sobre a fé e o relacionamento com Deus, especialmente ao lidar com falhas e pecados?

2) De que forma você pode praticar o "caminho do crescimento para baixo", considerando os outros maiores que você, à luz do exemplo de Paulo e de Jesus?

Oração: Senhor, somos gratos por Tua graça transformadora. Perdoa-nos, Pai, por tantas vezes agirmos com julgamento, em vez de manifestarmos o Teu Espírito de amor e perdão. Ajuda-nos a contemplar Jesus cada dia mais, para que sejamos transformados à Sua imagem. Que a Tua graça nos leve a reconhecer nossas falhas com humildade e a amar profundamente, perdoando e buscando a salvação do próximo, para a glória do Teu nome. Amém.


Oferta:

“E Deus pode dar muito mais do que vocês precisam para que vocês tenham sempre tudo o que necessitam e ainda mais do que o necessário para fazerem todo tipo de boas obras.” 2Coríntios 9:8

 Paulo afirma que Deus tem o poder de nos dar "todo tipo de bênçãos". Isso significa que a provisão de Deus não é limitada, mas é completa e generosa em todas as áreas da nossa vida. Ele nos dá mais do que o suficiente. O propósito dessas bênçãos não é para que as guardemos só para nós."para que, tendo sempre o bastante". Isso significa que Deus nos dá o necessário para viver e, além disso, uma suficiência que nos permite ir além. O objetivo final da abundância que recebemos de Deus é nos capacitar a sermos generosos. Ele nos abençoa para que possamos ser uma bênção, participando de toda boa obra – seja ajudando necessitados, apoiando a igreja, ou fazendo o bem em nossa comunidade. É um ciclo divino: Deus nos dá para que possamos dar.


Quilo do Amor

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