CULTO DO DOMINGO 06/05/2025.
Publicado em 09/04/2025
A Palavra de Deus diz que o sangue fala. Isso não é algo surpreendente? Hebreus 12 diz que o sangue de Jesus fala e que o sangue de Abel também fala. E a Jesus, o Mediador da nova aliança, e ao sangue da aspersão que fala coisas superiores ao que fala o próprio Abel (Hebreus 12:24).
O que o sangue de Jesus e o sangue de Abel estão falando? Você certamente conhece a história de Caim e Abel. Houve um dia em que os dois foram ao culto adorar a Deus. Chegando lá, Caim ofereceu a Deus do melhor da lavoura, que representa o esforço próprio, mas Abel ofereceu das primícias do rebanho, que apontam para Cristo. Deus se agradou de Abel, mas não de Caim. Percebendo isso, Caim foi tomado de inveja e, traiçoeiramente, matou o seu irmão. Deus veio ter com Caim e lhe disse: Onde está Abel, teu irmão? Ele respondeu: Não sei; acaso, sou eu tutor de meu irmão? E disse Deus: Que fizeste? A voz do sangue de teu irmão clama da terra a mim (Gênesis 4:9,10).
O que você acha que o sangue de Abel estava clamando diante de Deus? Estava clamando por justiça e vingança. Clamar por justiça não é ruim, não é errado, mas diz a Bíblia que o sangue de Jesus fala coisas superiores.
O que o sangue de Jesus está clamando? Lá na cruz, quando o Seu sangue foi derramando, quando lhe colocaram a coroa de espinhos, açoitaram-no e colocaram os cravos em Suas mãos e pés, o que Jesus falou? Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem (Lucas 23:34). O sangue de Jesus está falando de perdão, misericórdia e graça.
Agora, preste atenção no que diz Hebreus 12:25: Tende cuidado, não recuseis ao que fala. Quem está falando? O sangue de Jesus. Precisamos ouvir o sangue. O sangue nos diz que somos perdoados. O sangue proclama que somos justos pela fé. Precisamos ser cuidadosos para não recusar ao que fala.
A Nova Aliança é sobre isso, o perdão dos pecados. Muitos acham que isso é algo muito básico na fé, mas é um erro. Muitos irmãos acham que o perdão dos pecados é um assunto muito banal e trivial. Pensam que é algo para o novo convertido. Mas isso é um engano do diabo na mente. O inimigo quer enganá-lo para mantê-lo no cativeiro. Se você não se lembrar constantemente de que já foi perdoado, a sua fé se torna fraca e sua mente se enche de acusações. O perdão dos pecados é o que nos permite experimentar coisas maiores em Deus. Ouça o que o sangue está falando. O sangue está dizendo que você está perdoado.
Quando as pessoas não creem no perdão dos pecados, elas se colocam num terreno abalável. E, se são abaladas, vivem constantemente inseguras. Elas temem quando a tribulação vem porque não têm certeza de que todos os seus pecados são perdoados. Mas, quando você tem uma consciência clara de que é totalmente perdoado, então não é abalado diante das circunstâncias. Depois de ouvir o sangue, você sabe que pode orar a Deus em nome de Jesus, porque não há nada que possa impedi-lo de ter comunhão com Deus. O perdão dos pecados é o centro do evangelho.
Não podemos recusar ouvir a voz que fala coisas superiores. Porque, se recusarmos ouvir essa voz, estaremos num terreno movediço e abalável. Quando você sabe que não há mais pecado entre você e Deus, então tem um terreno sólido para embasar a sua fé. Sua fé se torna inabalável.
Precisamos ter clareza de que a Nova Aliança é sobre o perdão dos pecados. O Senhor nos mandou celebrar a Ceia para nos lembrarmos Dele e da Nova Aliança, mas o que vemos são pessoas se lembrando do pecado. E, quanto mais se lembram do pecado, mais abaladas se sentem.
Muitos acreditam que o perdão dos pecados é apenas a porta e que, depois de entrar pela porta, devem aprender coisas mais elevadas e profundas. O problema é que não existe nada maior que o perdão dos pecados. Não importa o nível de maturidade que alcancemos, nós sempre precisaremos nos lembrar do perdão dos pecados. No qual [nele] temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça (Efésios 1:7).
O perdão dos pecados gera fé. O perdão dos pecados não é somente o começo, mas é a fundação e a fonte, ou seja, a origem de todas as bênçãos. Pense um pouco nisso. O que o impede de ser curado? É porque acha que há pecado não perdoado em sua vida. Ainda pensa que a doença é um castigo divino. Por que não recebe resposta para aquele pedido de oração? Porque se sente indigno de receber, pois ainda pensa que há pecado em sua vida. Mas, quando você tem consciência do perdão, você se torna inabalável.
Jesus mandou que seus discípulos fossem pelo mundo pregando arrependimento para remissão de pecados. Quando as pessoas creem que seus pecados são perdoados, elas ganham fé para serem curadas, libertas, restauradas, enriquecidas e tudo o mais de que precisarem. Esta é a fonte da nossa fé, o perdão dos pecados.
Em Marcos nos conta que, em certa ocasião, Jesus estava numa casa em Cafarnaum, e um grupo de amigos decidiram levar um paralítico para ser curado por Ele. Mas, quando chegaram àquela casa, não podiam entrar por causa da grande aglomeração de pessoas ali para ouvi-lo. Eles, então, tiveram uma ideia: decidiram puxar o paralítico até o telhado, quebrar a laje e descê-lo diante de Jesus. Quando Jesus viu o paralítico descendo por cordas diante de si disse: Filho, os teus pecados estão perdoados (Marcos 2:5).
Não era exatamente aquilo que o paralítico esperava ouvir naquele dia. Ele queria ser curado. Então, por que o Senhor resolveu perdoar os seus pecados antes de curá-lo? Eu creio que a resposta está na maldição da lei. Deuteronômio 28 diz que, "se atentamente ouvires a voz do Senhor, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos [...], então virão sobre ti e te alcançarão todas estas bênçãos" (Deuteronômio 28:1-2). A bênção era resultado da obediência. Mas se não ouvissem a voz de Deus, então uma longa lista de maldições os alcançaria. As maldições podiam ser resumidas em pobreza, doença e morte.
Aquele paralítico estava experimentando a maldição da lei. Ele estava enfermo e, por causa dessa enfermidade, tinha de mendigar. Doença e miséria era o sinal de que ele era muito pecador para ser tão amaldiçoado. Este certamente era o seu pensamento. Entretanto, no momento em que Jesus disse que os seus pecados estavam perdoados, ele entendeu que não precisava mais estar debaixo de maldição. Se ele não tinha pecado, então poderia desfrutar da bênção. Jesus percebeu que os fariseus pensavam consigo mesmos e disse-lhes: Por que arrazoais sobre estas coisas em vosso coração? Qual é mais fácil? Dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados, ou dizer: Levanta-te, toma o teu leito e anda? Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados disse ao paralítico: Eu te mando: Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa (Marcos 2:8-11).
A lógica de Jesus era bem simples. A maldição veio por causa do pecado. Se os pecados dele não estiverem perdoados, então não poderá andar, mas se o paralítico foi realmente perdoado, eu vou mandá-lo andar e ele terá de andar, pois já não há maldição do pecado na vida dele. Portanto, a prova de que o paralítico estava mesmo perdoado foi a cura instantânea.
Aquele homem teve fé para ser curado porque primeiro ele creu que não tinha mais pecado. O perdão dos pecados foi o que lhe trouxe fé. O mesmo princípio se aplica hoje. Enquanto pensamos que ainda temos pecado diante de Deus, não temos fé para receber coisa alguma. Enquanto achamos que os nossos pecados não foram perdoados, não temos fé para pedir grandes coisas. Mas, no momento em que cremos no perdão, a fé e a ousadia invadem o nosso coração.
O perdão dos pecados sempre vai gerar fé em nós. Nunca pense que se trata de um assunto pequeno, trata-se antes do ponto mais importante da Nova Aliança. O que você deve pregar? Qual é a mensagem que vai transformar o mundo? Seria a visão de células? O discipulado? A mensagem que vai mudar o mundo é aquela que o Senhor mandou os discípulos pregarem. E que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém (Lucas 24:47). Estas são as boas novas. Os nossos pecados já foram perdoados. Jesus já levou todos eles na cruz. Se você crer que é perdoado, você também vai ser curado, liberto, santificado, vai receber toda sorte de bênção.
O perdão dos pecados gera amor. Mas não é apenas a nossa fé que depende do perdão dos pecados. O Senhor Jesus também disse que aquele que é mais perdoado esse ama mais. Nosso amor ao Senhor depende também do quanto entendemos que fomos perdoados. Convidou-o um dos fariseus para que fosse jantar com ele. Jesus, entrando na casa do fariseu, tomou lugar à mesa. E eis que uma mulher da cidade, pecadora, sabendo que ele estava à mesa na casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com unguento; e, estando por detrás, aos seus pés, chorando, regava-os com suas lágrimas e os enxugava com os próprios cabelos; e beijava-lhe os pés e os ungia com o unguento. Ao ver isto, o fariseu que o convidara disse consigo mesmo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, porque é pecadora. Dirigiu-se Jesus ao fariseu e lhe disse: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. Ele respondeu: Dize-a, Mestre. Certo credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários, e o outro, cinquenta. Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Qual deles, portanto, o amará mais? Respondeu-lhe Simão: Suponho que aquele a quem mais perdoou. Replicou-lhe: Julgaste bem. E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; esta, porém, regou os meus pés com lágrimas e os enxugou com os seus cabelos. Não me deste ósculo; ela, entretanto, desde que entrei não cessa de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta, com bálsamo, ungiu os meus pés. Por isso, te digo: perdoados lhe são os seus muitos pecados, porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama. Então, disse à mulher: Perdoados são os teus pecados. Os que estavam com ele à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este que até perdoa pecados? Mas Jesus disse à mulher: A tua fé te salvou; vai-te em paz (Lucas 7:36-50).
Jesus está dizendo aqui que o seu amor depende do quanto você foi perdoado. Todos nós fomos muito perdoados, o problema é que alguns não têm consciência do tamanho do perdão que receberam. O Senhor Jesus disse que aquele que é muito perdoado esse ama mais.
Simão, o fariseu, pensava que não tinha pecado, por isso tratava Jesus de forma indiferente, mas aquela mulher era pecadora, na verdade, Jesus disse que ela tinha muito pecado, mas ela sabia que estava perdoada. Ela já tinha sido perdoada pelo Senhor. Ela não estava ali para ser perdoada, mas porque tinha sido perdoada. Não sabemos quem era ela, podia ser Maria Madalena ou a mulher pega em adultério em João 8, mas o fato é que ela amou o Senhor porque tinha provado o perdão. E, naquele dia, ela estava ali para adorar o Senhor.
Na sua adoração, ela não tinha limites para o Senhor. Ela comprou um vaso de alabastro cheio de perfume. Nós sabemos que um vaso desse custava trezentos denários. Um denário era o salário de um dia de um trabalhador, portanto trezentos era o salário de quase um ano de trabalho. Mas ela não achou demais aquele investimento porque foi muito perdoada. Ela lavou os pés do Senhor com as suas lágrimas e os enxugou com o próprio cabelo. Aquele que é muito perdoado torna-se extravagante em sua relação com o Senhor.
Por outro lado, Jesus disse que Simão não lhe deu nem água para lavar os pés quando chegou ali, o que era parte da etiqueta em Israel. Sempre que chegava um visitante, o anfitrião lhe dava água para lavar os pés e as mãos. Simão não fez isso e nem recebeu Jesus com um beijo, que também era usual em Israel. Mas a mulher não se cansava de fazer muito mais.
A explicação de Jesus para aquilo era muito simples, ela foi muito perdoada, e quem é muito perdoado ama mais, tem mais compromisso. O seu nível de compromisso depende da sua percepção do perdão. Quem é muito perdoado não fica discutindo a respeito de dízimo, porque ama tanto que não coloca limites em sua relação com o Senhor.
Aquele que não tem consciência do quanto foi perdoado acha tudo difícil demais, a igreja cobra muito, o culto sempre passa da hora, a visão está destruindo sua vida. Mas aquele que é muito perdoado não se importa de servir. Ele quer encontrar mais ocasiões para expressar o seu amor e gratidão. Para ele, a igreja nunca pede demais, porque ele sempre está indo além.
Quem acha que não pecou muito também não está disposto a servir muito; afinal, não precisou de tanto perdão. Não está disposto a liderar muito, não está disposto a contribuir, porque tudo é visto como um exagero. O fariseu não tinha noção do seu pecado, por isso não valorizava o perdão. Infelizmente, há muitos assim em nosso meio.
Não adianta cobrar compromisso de pessoas que nem sabe que foram perdoadas. Gente que nunca viu o próprio pecado. Se você soubesse o tamanho do seu pecado, você iria valorizar o tamanho do amor que foi manifestado em você. Quem foi muito perdoado não tem receio de falar das boas novas do perdão. Para ele, evangelizar não é um fardo que a igreja impõe. Ele quer que outros sejam abençoados como ele foi.
Depois de muitos anos na vida da igreja, com o tempo, nós nos esquecemos de quem nós éramos, de onde estávamos. Esquecemo-nos do preço que foi pago e do perdão que nos foi concedido. Mas é esse perdão que gera compromisso e amor. Sem a percepção do perdão, fazemos tudo por causa de uma obrigação religiosa.
O perdão dos pecados nos enche do Espírito. É importante ainda ressaltar que a maior bênção de todas, o Espírito Santo, nos é concedida quando cremos que nossos pecados são perdoados. O momento em que o Espírito veio sobre Cornélio foi justamente quando Pedro falou da remissão dos pecados.
Por que existem irmãos que são vazios apesar de terem à sua disposição todo manjar do céu e poderem se encher do vinho do Espírito cotidianamente? Por que ainda há irmãos que são tão secos? Não possuem vida fluindo. Sabemos que são filhos, que são salvos, mas não são cheios do Espírito. Existe uma relação entre o perdão dos pecados e o enchimento do Espírito.
A Bíblia diz que havia um homem chamado Cornélio. Ele era um prosélito sincero que queria servir a Deus com orações e esmolas. Num dia, um anjo lhe apareceu e disse: Cornélio! Este, fixando nele os olhos e possuído de temor, perguntou: Que é, Senhor? E o anjo lhe disse: As tuas orações e as tuas esmolas subiram para memória diante de Deus. Agora, envia mensageiros a Jope e manda chamar Simão, que tem por sobrenome Pedro (Atos 10:3-5).
Veja que o anjo não pregou para ele; antes, mandou que buscasse Pedro. Anjos não podem pregar as boas novas do perdão porque nunca foram perdoados. Somente aqueles que experimentaram a graça do perdão podem testemunhar aos outros. Pedro, então, veio, entrou na casa dele, e começou a expor o evangelho a toda a sua família. Dele todos os profetas dão testemunho de que, por meio de seu nome, todo aquele que nele crê recebe remissão de pecados. Ainda Pedro falava estas coisas quando caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra (Atos 10:43-44). Observe o momento em que o Espírito Santo foi derramado sobre eles, foi justamente quando Pedro falou que, em Cristo, nossos pecados são perdoados. Quando entenderam que não tinham mais pecado, imediatamente o Espírito caiu sobre eles e foram cheios.
O Espírito só pode entrar na casa que foi lavada pelo sangue. No momento em que foi lavada, o Espírito entrou. Sabe por que muitos não são mais cheios? Porque não têm consciência de perdão. Ainda pensam que o pecado os está separando de Deus. Mas, no momento em que entendem que pelo sangue todos os nossos pecados são removidos, podem ser imediatamente cheios. Esta é a base na qual você pode se firmar para nunca mais ser abalado. Você foi perdoado. Não há mais dívida. O favor de Deus o alcançou.
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