CULTO DO DOMINGO 09/02/2025.
Publicado em 11/02/2025
Anel de autoridade. Os três presentes dados pelo pai ao filho pródigo representam coisas que recebemos de Deus hoje como filhos, e não como servos. O segundo presente que o pai deu ao filho foi um anel de autoridade. Enquanto as vestes simbolizam a justificação, o anel representa a autoridade do filho. Assim como a justificação, a autoridade nos é dada pela graça mediante a fé. Então, tirou Faraó o seu anel de sinete da mão e o pôs na mão de José, fê-lo vestir roupas de linho fino e lhe pôs ao pescoço um colar de ouro (Gênesis 41:42). / Escrevei, pois, aos judeus, como bem vos parecer, em nome do rei, e selai-o com o anel do rei; porque os decretos feitos em nome do rei e que com o seu anel se selam não se podem revogar (Ester 8:8).
Baseados nestes textos, vemos que o anel representa autoridade. Naqueles dias, o anel tinha uma função parecida com os nossos modernos cartões de crédito. Se o filho quisesse comprar algo, ele só precisava carimbar o selo com o anel e mandar cobrar a fatura do pai. É como se o pai tivesse dado um cartão infinite ao filho que acabara de gastar uma parte dos seus bens dissolutamente. Isso é muita graça.
Autoridade é diferente de poder. Por causa da sua autoridade, um oficial militar pode parar na frente de uma carreta e mandar pará-la. A carreta pode ter poder, mas ele tem autoridade. Maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas (Marcos 1:22).
A Palavra de Deus diz que toda autoridade é delegada (Romanos 13:1). Toda autoridade procede de Deus. E o pai delegou autoridade ao filho que havia sido rebelde. Por causa disso, precisamos andar em humildade, pois, em nós mesmos, não temos autoridade alguma. Nossa autoridade procede do Pai. Tendo Jesus convocado os doze, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios, e para efetuarem curas (Lucas 9:1).
Alguns dizem que esse versículo se refere unicamente aos apóstolos, mas, no capítulo 10, o Senhor concedeu a outros setenta a mesma autoridade (Lucas 10:1,17). O Senhor lhe disse: Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e, absolutamente, vos causará dano (Lucas 10:19). Então, você pode estar certo de que todo filho ganhou um anel de autoridade.
E você pode pensar que isso seja apenas para crentes maduros e experientes, mas, no versículo 21, o Senhor se alegra porque isso foi dado aos pequeninos, ou seja, aos novos convertidos. Você não precisa crescer para ganhar autoridade, você ganhou o anel junto com as vestes de justiça. No entanto, essa verdade está oculta aos olhos de gente arrogante e orgulhosa. Precisamos manter o coração simples dos novos convertidos.
Em Mateus 8, lemos a respeito da história de um centurião romano que realmente compreendia o que era autoridade. Tendo Jesus entrado em Cafarnaum, apresentou-se-lhe um centurião, implorando Senhor, o meu criado jaz em casa, de cama paralítico, sofrendo horrivelmente. Jesus lhe disse: Eu irei curá-lo. Mas o centurião respondeu: Senhor, não sou digno de que entres em minha casa; mas apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado. Pois também eu sou homem sujeito à autoridade, tenho soldados às minhas ordens e digo: a este vai, e ele vai, e a outro vem, e ele vem; e ao meu servo: faze isto, e ele o faz. Ouvindo isto admirou-se Jesus e disse aos que o seguiam: Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei fé como esta (Mateus 8:5-10).
O centurião disse que também era sujeito à autoridade como o Senhor. Em outras palavras, ele sabia que tinha autoridade porque estava debaixo de autoridade, por isso tinha fé que bastava uma ordem, uma palavra, e a cura aconteceria.
A nossa autoridade é liberada por fé, e a maneira como ministramos fé é falando, confessando. Em 2 Coríntios 4, diz: Eu cri, por isso é que falei (2 Coríntios 4:13). É muito simples, basta falar aquilo em que você crê.
O anel de autoridade nos identifica como filhos diante do mundo espiritual, mas é preciso abrir a boca e liberar fé. A fé, porém, é tanto o ato de crer quanto o conteúdo da nossa fé. Quando cremos errado, não temos fé para exercer autoridade. Uma fé errada nos coloca numa posição errada e, mesmo sendo filhos, não conseguimos exercer autoridade.
Em Mateus 21, os principais anciãos perguntaram ao Senhor com que autoridade Ele fazia aquelas coisas e Jesus coloca uma condição: Eu lhes respondo se me disserem se o batismo de João Batista era de Deus ou dos homens. Então, discorriam, dizendo: Se dissermos: Do céu, Ele nos dirá: Então por que não creram nele? Mas, se dissermos que é dos homens, o povo pode nos apedrejar, pois creem que João era um profeta. Por fim, se esquivaram, dizendo que não sabiam. E o Senhor lhes disse: Eu também não vou dizer a vocês com que autoridade faço essas coisas (Mateus 21:23).
No entanto, se lermos os versículos seguintes, veremos que o Senhor lhes conta uma parábola: Um homem tinha dois filhos. Chegando-se ao primeiro, disse: Filho, vai hoje trabalhar na vinha. Ele respondeu: Sim, senhor; porém não foi. Dirigindo-se ao segundo, disse-lhe a mesma coisa. Mas este respondeu: Não quero; depois, arrependido, foi. Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram: O segundo. Declarou-lhes Jesus: Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes vos precedem no reino de Deus. Porque João veio a vós outros no caminho da justiça, e não acreditastes nele; ao passo que publicanos e meretrizes creram. Vós, porém, mesmo vendo isto, não vos arrependestes, afinal, para acreditardes nele (Mateus 21:28-32).
O Senhor estava mostrando que os fariseus diziam que obedeciam, mas, na verdade, eram rebeldes. Os pecadores, porém, não obedeciam, mas, por fim, arrependidos, obedeceram, crendo no Senhor. A parábola também responde à pergunta dos fariseus, o Senhor diz que a sua autoridade era porque Ele fazia a vontade de Deus. É inútil tentar exercer autoridade vivendo fora da vontade de Deus. A obediência também gera fé.
O sapato da aliança. O terceiro presente que o pai deu ao filho pródigo foram as sandálias para os pés. E o que as sandálias ou sapatos representam na Palavra de Deus? Representam direitos. O pai estava aqui dando ao filho pródigo os seus direitos como filho. E a atitude oposta de tirar os sapatos tem o sentido de abrir mão dos direitos.
Quando Boaz decidiu casar-se com Rute, antes ele precisou conversar com outro parente mais próximo do que ele e que tinha o direito de ser o remidor. Este era, outrora, o costume em Israel, quanto a resgates e permutas: o que queria confirmar qualquer negócio tirava o calçado e o dava ao seu parceiro; assim se confirmava negócio em Israel. Disse, pois, o resgatador a Boaz: Compra-a tu. E tirou o calçado (Rute 4:7-8).
Quando aquele remidor tirou o seu sapato, ele abriu mão dos seus direitos. Ele tinha o direito de se casar com Rute, mas abriu mão desse direito. E o sinal que ele fez para essa renúncia foi tirar o sapato.
Em Deuteronômio, está descrita a lei do remidor. Quando um homem não queria redimir o seu irmão, ele ficava conhecido como o descalçado, ou seja, aquele que não honrou a aliança e abriu mão dos seus direitos. Porém, se o homem não quiser tomar sua cunhada, subirá esta à porta, aos anciãos, e dirá: Meu cunhado recusa suscitar a seu irmão nome em Israel; não quer exercer para comigo a obrigação de cunhado. Então, os anciãos da sua cidade devem chamá-lo e falar-lhe; e, se ele persistir e disser: Não quero tomá-la, então, sua cunhada se chegará a ele na presença dos anciãos, e lhe descalçará a sandália do pé, e lhe cuspirá no rosto, e protestará, e dirá: Assim se fará ao homem que não quer edificar a casa de seu irmão; e o nome de sua casa se chamará em Israel: A casa do descalçado (Deuteronômio 25:7-10).
Em Êxodo 3, lemos sobre o dia em que o Senhor apareceu a Moisés no meio de uma sarça ardente. E qual foi a primeira coisa que Deus disse a ele? Tire as sandálias dos seus pés. Vendo o Senhor que ele se voltava para ver, Deus, do meio da sarça, o chamou e disse: Moisés! Moisés! Ele respondeu: Eis-me aqui! Deus continuou: Não te chegues para cá; tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa (Êxodo 3:4-5).
Quando Moisés tira as sandálias, estava dizendo que não tinha nenhum direito de estar ali. Para Moisés, a palavra foi: "Não te chegues para cá"; mas, para nós hoje, é: "Cheguemos com ousadia ao Santo dos santos". Hoje, temos direitos que nos foram garantidos pela Nova Aliança.
O mesmo aconteceu com Josué. Quando estava prestes a entrar em Canaã às vésperas de conquistar Jericó, a primeira cidade, ele vê o Anjo do Senhor. Estando Josué ao pé de Jericó, levantou os olhos e olhou; eis que se achava em pé diante dele um homem que trazia na mão uma espada nua; chegou-se Josué a ele e disse-lhe: És tu dos nossos ou dos nossos adversários? Respondeu ele: Não; sou príncipe do exército do Senhor e acabo de chegar. Então, Josué se prostrou com o rosto em terra, e o adorou, e disse-lhe: Que diz meu senhor ao seu servo? Respondeu o príncipe do exército do Senhor a Josué: Descalça as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é santo. E fez Josué assim (Josué 5:13-14). Quando manda Josué tirar as sandálias, estava dizendo que ele precisava desistir de todos os seus direitos. Não será você com os seus planos e estratégias que vencerá a cidade.
É interessante que Josué pergunta ao Senhor: "És tu dos nossos ou dos nossos adversários?" Mas ele responde: "Não". Em outras palavras: "Não estou aqui para assumir lados, estou aqui para assumir o controle. Eu não fico do seu lado, mas você fica do meu lado. Se você quer ser parte do meu exército, precisa abrir mão dos seus direitos".
Quando o filho recebe sapatos novos, isso significa que os seus direitos de filho estão sendo restaurados. Se você é filho, você tem certos direitos.
Depois desses três presentes, o Pai diz que é hora de fazer uma festa. E é nesse ponto que entra em cena o segundo filho. Ora, o filho mais velho estivera no campo e, quando voltava, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças. Chamou um dos criados e perguntou-lhe que era aquilo. E ele informou: Veio teu irmão, e teu pai mandou matar o novilho cevado, porque o recuperou com saúde. Ele se indignou e não queria entrar, saindo, рorém, о раi, procurava conciliá-lo. Mas ele respondeu a seu pai: Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos, vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado. Então, lhe respondeu o pai: Meu filho, tu sempre estás comigo, tudo o que é meu é teu (Lucas 15:25-31).
Observe o que o filho mais velho disse: "Há muitos anos que te sirvo ". O problema é que somos filhos, e não servos, mas aquele filho se relacionava com o pai como se fosse um servo. Por causa disso, nunca havia desfrutado da herança. Quem se relaciona como servo está sempre tentando merecer a posição.
Depois, ele diz que nunca transgrediu nenhuma ordem. Isso é mentira, pois só houve um Filho perfeito, e todos nós somos pecadores. Por fim, ele cobrou que o pai nunca lhe havia dado sequer um cabrito. Outra mentira, pois o pai dividiu a herança entre os dois e, sendo o mais velho, ele teve direito a dois terços da herança.
Finalmente, o pai lhe disse: "Meu filho, tu sempre estás comigo; tudo o que é meu é teu". Em outras palavras: "Você tem a minha presença e a minha provisão". Ele tinha tudo do pai, mas não desfrutava de nada. Tudo porque, sendo filho, resolveu se relacionar como se fosse servo.
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