30/09 A 05/10 DE 2024
Publicado em 24/09/2024
Sem lenha a fogueira se apaga; sem o caluniador morre a contenda. O que o carvão é para as brasas e a lenha para a fogueira, o amigo de brigas é para atiçar discórdias. As palavras do caluniador são como petiscos deliciosos; descem saborosos até o íntimo. Como uma camada de esmalte sobre um vaso de barro, os lábios amistosos podem ocultar um coração mau. Quem odeia, disfarça as suas intenções com os lábios, mas no coração abriga a falsidade. Embora a sua conversa seja mansa, não acredite nele, pois o seu coração está cheio de maldade. Ele pode fingir e esconder o seu ódio, mas a sua maldade será exposta em público. Quem faz uma cova, nela cairá; se alguém rola uma pedra, esta rolará de volta sobre ele. A língua mentirosa odeia aqueles a quem fere, e a boca lisonjeira provoca a ruína (Provérbios 26:20-28).
Em Levítico 19 contém uma série de leis relacionadas à vida em sociedade. Uma delas refere-se à calúnia, algo que, quando recebe crédito, traz grande prejuízo à vítima. Uma mentira é suficiente para manchar um bom caráter, e infelizmente hoje em dia é cada vez mais difícil impedir que elas se espalhem. Basta um clique e pronto: todo mundo fica sabendo.
Só que proferir uma calúnia é como liberar um líquido ou gás: espalha-se facilmente e é praticamente impossível de recolher. Ao mesmo tempo, disseminar injúrias faz mal ao próprio autor. A leitura bíblica associa a calúnia com atiçar discórdia, ocultar intenções, falsidade, maldade, ódio. Ou seja: quem vê um caluniador em ação conclui que ele mesmo é como uma peste destruidora.
Tentar prejudicar a reputação de outro acaba jogando uma luz horrível sobre o próprio caráter. Jesus jamais caluniou alguém. Mais que isso: também não divulgava os "podres" reais de seus discípulos, que ele certamente conhecia bem. Se tivesse feito isso, será que Judas teria tido chance de traí-lo? Para Jesus teria sido fácil livrar-se da ameaça. Mas o Senhor sempre foi cheio de misericórdia, e faremos bem em seguir seu exemplo também neste aspecto.
No Sermão do Monte, Cristo ensinou que os misericordiosos alcançarão misericórdia (Mateus 5:7).
E o que fazer quando se é a vítima? O inocente não deveria esquecer que tem em Deus o mais forte dos defensores. Certo pastor foi vítima de uma campanha difamatória por parte de um grupo que se opunha ao seu trabalho. Em vez de se mostrar ofendido, expressava sua preocupação genuína com o futuro dos próprios caluniadores. Quando estes por fim foram expostos e envergonhados, os amigos do pastor lhe confessaram: "Seu silêncio e perdão foi um sermão sem palavras para nós".
Perguntas: 1) Você já sofreu com difamação, calúnias? Você já fez difamação de alguém? Às vezes por não saber de toda a verdade. Ou por causa de algum sentimento que você teve.
2) Na época do ocorrido, como você reagiu?
3) Como você reagiria hoje?
Final: Falar mal de alguém diz muito mais sobre o caráter do caluniador do que sobre a sua vítima. Não espalhem calúnias entre o seu povo. Não se levantem contra a vida do seu próximo. Eu sou o Senhor (Levítico 19:16)
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