CULTO DO DOMINGO 25/08/2024.
Publicado em 21/08/2024
Uma paternidade bem resolvida passa pela consciência de que temos um Pai
eterno, que ama incondicionalmente e jamais nos rejeita. Essa consciência supera
infinitamente o sentimento de orfandade de um pai terreno.
A revelação do evangelho é uma consciência que antes não tínhamos. Quando não éramos filhos de Deus andávamos na prática do pecado sem qualquer consciência do mal que estávamos causando a nós mesmos e aos outros. Mas, ao nascermos de novo, ao sermos regenerados, o DNA de Deus (Espírito Santo), que é a vontade Dele, entrou em nosso espírito. A consciência de que o pecado estava nos conduzindo à morte trouxe uma profunda gratidão pela graça de Deus, como também temor, que, por sua vez, nos leva a andar em humildade e obediência.
Humildade. Este é o primeiro sinal na vida de quem nasceu de novo. Quando os discípulos de Jesus perguntaram sobre quem é o maior no Reino dos céus, o texto diz: Chamando uma criança, colocou-a no meio deles, e disse: ‘Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus. Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos céus (Mateus 18:2-4). A palavra grega para “criança” neste texto é paidion, que significa: criança, infantil, pequenino, criança no intelecto.
Ninguém nasce grande, adulto. Todos, sem exceção, precisam de alguém que os cuide e alimente quando recém-nascidos. Isso, por si só, deveria ser suficiente para que não houvesse arrogância e orgulho em nosso coração. Portanto, um sinal inequívoco de que alguém é filho, é que nasceu de novo; e quem nasceu de novo, nasceu criança, humilde, ensinável, tratável, obediente, pronto a aprender.
Obediência. A segunda comprovação de que alguém nasceu de novo e se tornou filho é a obediência. Todo filho resolvido em sua paternidade ama seu Pai e, por conta da consciência de que agora, pela graça, se tornou filho, tem alegria em obedecer. Jesus disse: Naquele dia, compreenderão que estou em meu Pai, vocês em mim, e eu em vocês. Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama. Aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me revelarei a ele (João 14:20-21). O Pai Se revela aos que O amam e que, por isso, O obedecem. Cair no pecado, portanto, será uma exceção, não a regra. Andar no pecado, nunca mais!
Quem é filho, se comporta como filho, porque Jesus está no Pai, e agora nós estamos em Jesus, e Jesus em nós! Existe uma ideia equivocada hoje em dia que confunde graça com falta de temor. De fato, não é a obediência por meio de obras que nos salva, mas, quem é salvo pela graça, é obediente. Ou seja, quem é filho tem direito à herança do Pai, mas também aceita com alegria as direções Dele.
Numa casa sempre existem benefícios e responsabilidades, e o verdadeiro filho aceita os dois! Jesus disse: Eu digo verdadeiramente que o Filho não pode fazer nada de si mesmo; só pode fazer o que vê o Pai fazer, porque o que o Pai faz o Filho também faz (João 5:19). Esta é a característica de um filho, obediência total em sintonia com o Pai. Nenhum filho vive por conta própria, mas faz a vontade do Pai, porque ama o Pai e está em Sua casa!
Atitude. Este é mais um sinal. O autor aos hebreus diz: Portanto, fortaleçam as mãos enfraquecidas e os joelhos vacilantes. Façam caminhos retos para os seus pés, para que o manco não se desvie, mas antes seja curado. Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor. Cuidem que ninguém se exclua da graça de Deus. Que nenhuma raiz de amargura brote e cause perturbação, contaminando a muitos (Hebreus 12:12-15). O contexto de Hebreus 12 é a disciplina do Pai. Quem é filho, é corrigido e disciplinado. Muitos filhos estão com as mãos enfraquecidas, os joelhos vacilantes e mancos. Estão travados no mundo do espírito. Mas o manco pode ser curado, para que não se desvie; e a receita é: ... Façam caminhos retos para os seus pés (v 13). Em outras palavras seria: Obedeçam.
É preciso atitude correta, resolver o problema na origem. Já sabemos que a chave para a cura da orfandade está no perdão. Mas só perdoa quem é humilde, quem entendeu a sua condição de filho. A palavra esforcem-se (v 14) implica em atitude e determinação. Liberar perdão com sinceridade e verdade vai romper as barreiras no mundo espiritual. Onde começou esse sentimento, ou postura (até inconsciente) de orfandade? A raiz de amargura, nos exclui da graça de Deus e contamina a muitos (v 15).
Quem não perdoa despreza a graça. A graça é para todas as pessoas, mas cada um escolhe se vai recebê-la ou não. Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes (1 Pedro 5:5). Os humildes são os que estão dispostos a perder. Perdão é “dar a perda”, é liberar no coração.
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