CULTO DO DOMINGO 18/08/2024.
Publicado em 16/08/2024
A cura da orfandade passa pela resolução dos conflitos familiares. Nossa relação com Deus está diretamente ligada à nossa relação com os pais e irmãos. Quando algo não está bem resolvido em nossa vida, isso se torna um tema recorrente em nossa memória, moldando nossas emoções e comportamentos. Ninguém é completamente realizado sem uma profunda percepção da paternidade de Deus, mas, para que isso aconteça, é necessário resolver questões pendentes em relação aos nossos pais.
Na parábola do Filho Pródigo, observamos a orfandade operando nos dois filhos da história. O mais novo (Lucas 15:13), que deixou a casa do pai, e o mais velho, que permaneceu, mas não tinha consciência da paternidade (Lucas 15:29).
Como resolver os conflitos familiares?
1)Reconheça os reais motivos da desconexão com sua família (Lucas 15:13).
A influência dos pais é determinante em nossa formação e equilíbrio emocional. A figura do pai transmite força, proteção e sacerdócio; a mãe gera e provoca sensibilidade e conexão na família; os irmãos, por sua vez, transmitem amizade, confiabilidade e partilha.
Quando uma dessas relações está desconfigurada, acontece um vazio relacional. O papel dos pais é ensinar sobre a intimidade nos relacionamentos. Quando não se aprende sobre intimidade (vida na vida) em casa, podemos desenvolver bloqueios que podem perdurar para a vida toda.
2) Reaja contra as disfunções emocionais adquiridas.
Quando os pais são… Os filhos podem se tornar…
Inexistentes Solitários
Separados Frágeis (lacuna de gênero)
Rígidos Insensíveis
Isolados Superficiais
Superprotetores Medrosos
Frios (insensíveis) Carentes (distorções sexuais)
Liberais Inconsequentes
Consumistas Materialistas
Desleais Rebeldes
Disfuncionais Codependentes
O que você desenvolveu por meio da disfunção familiar? Revolta? Timidez? Medo? Rejeição? Codependência? Disfunção sexual? Religiosidade? Compulsões? Vícios? Não se vitimize! Assuma, em Cristo, a responsabilidade por suas escolhas. Nosso passado pode influenciar, mas jamais determinar a nossa vida. O que somos é definido por nossas escolhas e não pelo nosso passado!
3) Decida acertar as pendências familiares. Caindo em si…, Eu me porei a caminho e voltarei para meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e contra ti” (Lucas 15:17-18). Note que o filho disse: “... Pequei contra o céu e contra ti”. Trata-se de uma atitude em dois níveis, do contrário não pode haver cura. O filho reconheceu seu erro com o Pai do céu na pessoa do seu pai terreno. Ele sabia que não dava para separar essa culpa!
O filho levantou-se e foi, não ficou apenas refletindo sobre e resistindo por conta do orgulho interior. A Bíblia diz que o orgulho traz destruição (Provérbios 16:18,29:23,13:10). Jesus disse: Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus (Mateus 5:9). Segundo o dicionário, “pacificadores” são os que “amam a paz”. Os filhos são promotores da paz. Se, na sua opinião, sua família foi insuficiente, procure a paz! Pode ter certeza de que o céu está a seu favor! Se chegou a hora (pergunte ao Espírito Santo, veja o cenário e busque conselho), não importa a reação dos terceiros. O que importa é o seu gesto e sua decisão de amar e recomeçar em algum nível.
O autor aos Hebreus diz: Cuidem que ninguém se exclua da graça de Deus; que nenhuma raiz de amargura brote e cause perturbação, contaminando muitos (Hebreus 12:15). Perdoar não é esquecer, mas permitir que alguém nasça em sua vida! Decida hoje fazer um exame: como está o seu coração em relação a sua família? Veja se há algum nível de ressentimento (atitude interna de remoer o passado e perpetuar sentimentos hostis); indiferença (atitude de ignorar o outro); retaliação (atitude de revidar por diversas posturas um sentimento de dor); ódio (o estágio mais grave dos relacionamentos).
Não continue com estes sentimentos em seu coração. Eles são como uma
metástase e poderão paralisar você, mutilar a sua alma e até comprometer o destino que o Pai almejou. O Espírito pode fazer você amar como se nunca tivesse sido ofendido!
4) Recomece o relacionamento com seus familiares. A seguir, levantou-se e foi para seu pai. Estando ainda longe, seu pai o viu e, cheio de compaixão, correu para seu filho, e o abraçou e beijou (Lucas 15:20). José foi duramente e perversamente injustiçado pelos seus irmãos. Mesmo assim, continuou firme nos seus valores e fidelidade a Deus. No desfecho da história, ele se torna uma autoridade mundial em dias de escassez e fome. Muito anos depois, foi um canal para salvar seus irmãos e dar continuidade à história do povo de Israel. Veja o que ele respondeu aos seus irmãos: Agora, não se aflijam nem se recriminem por terem me vendido para cá, pois foi para salvar vidas que Deus me enviou adiante de vocês (Gênesis 45:5).
E você, o que está distanciando o seu coração de Deus Pai? Quais motivos? Ele está de braços abertos esperando por você! A seguir, levantou-se e foi para seu pai. Estando ainda longe, seu pai o viu e, cheio de compaixão, correu para seu filho, e o abraçou e beijou. O filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho. Mas o pai disse aos seus servos: ‘Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Coloquem um anel em seu dedo e calçados em seus pés. Tragam o novilho gordo e matem-no. Vamos fazer uma festa e comemorar. Pois este meu filho estava morto e voltou à vida; estava perdido e foi achado. E começaram a festejar. …Mas nós tínhamos que comemorar e alegrar-nos, porque este seu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi achado (Lucas 15:20-24,32).
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